Cícero Filho vira documentário de Murilo Salles e tem estreia nacional

O filme faz parte de uma tríade de produções do diretor brasileiro Murilo Salles que chega aos cinemas simultaneamente essa semana.

Por: | Data: 10/05/2021 21:25


A luta pessoal do cineasta Cícero Filho para produzir filmes de ficção longe do eixo Rio-São Paulo e praticamente sem apoio de empresas e governo é registrada no documentário “Passarinho lá de Nova Iorque”, que estreia na quinta 3, em circuito nacional. A produção participou da Mostra de Autores, no Festival de Tiradentes (MG), em 2014. 

O filme faz parte de uma tríade de produções do diretor brasileiro Murilo Salles que chega aos cinemas simultaneamente essa semana. O combo é formado por mais um documentário – “Aprendi a jogar com você”, que relata a trajetória da cantora Milka Reis e seu marido DJ Duda que tenta alcançar o sucesso em Brasília – e o drama “O fim e os meios”, quem tem no elenco o ator Marco Ricca que vive um publicitário envolvido com a campanha eleitoral de um político a senador enquanto sua esposa jornalista investiga casos de corrupção na capital federal. 

Murillo e Cícero se conheceram durante as gravações do documentário sobre a cantora em Brasília e o maranhense radicado no Piauí despertou seu interesse por prosseguir fazendo cinema longe da região sudeste, onde estão os maiores produtores de audiovisual do Brasil. 

Sales aproveitou a refilmagem de uma cena de “Flor de Abril”, de Cícero Filho, para registrar sua “imensa capacidade de criar e mobilizar relações afetivas em torno do seu cinema”. Passados oito anos do lançamento de “Ai Que Vida!”, Cícero Filho segue ainda colhendo os frutos da comédia que despertou o Brasil para seu trabalho de resistência no árido campo do cinema nordestino. Em tempo: ainda não há previsão de estreia de “O Passarinho lá de Nova Iorque”, nas salas de Teresina e interior.

 

Murilo Salles conta como conheceu Cícero Filho

 

Cícero Filho é nossa grande estrela no documentário Passarinho lá de Nova Iorque. Minha história com o Cícero tem um componente de casualidade que eu acho muito legal, o conheci por conta da música Ai que Vida! que a Milka Reis, de Aprendi a Jogar com Você (dia 3 nos cinemas também) canta e que é uma música dele. O primeiro contato com ele foi aqui no Rio de Janeiro quando ele estava finalizando o Flor de Abril, e houve logo uma empatia muito forte pela felicidade com que ele faz o cinema dele, com a alegria de vida, pelo jeito muito especial que ele vai envolvendo todo mundo no fazer cinematográfico dele. Passarinho é sobre uma refilmagem que ele estava fazendo para terminar o filme dele e toda a dificuldade que ele teve. 
Cícero é um diretor bastante reconhecido em sua região e espero que agora, com nosso doc, ele seja mais ainda. Em 2009, deu uma entrevista bacana para o Programa do Jô, com uma retrospectiva muito legal da sua carreira e trajetória de vida.

 

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